quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Beata Maria Domênica Mantovani, Religiosa, Fundadora (1862-1934), 02 de Fevereiro

Maria Domênica, primogênita de quatro irmãos, nasceu em Castelletto de Brenzone, em Verona - Itália, no dia 12 de Novembro de 1862. Teve nos seus pais, João Batista Mantovani e Prudência Zamperini, e no seu avô, que vivia com eles, a influência profunda de uma família honesta e cristã de trabalhadores simples, piedosos e dignos.
Sua família era muito pobre; por isso, Maria Domênica pôde apenas freqüentar a escola primária. Porém, a falta de cultura foi compensada pelos dotes de inteligência, vontade e grande senso prático. Desde criança mostrou sua vocação religiosa e, incentivada pelo avô, dedicava-se à oração e a tudo o que se referia a Deus. Casa, escola e igreja foram os campos que forjaram o seu caráter.
Maria Domênica tinha quinze anos, quando chegou o novo pároco, Padre José Nascimbeni, mais tarde também beatificado. Desde então ele se tomou o seu diretor espiritual, que intuindo seu temperamento generoso, a forte vontade de prosseguir na vida da perfeição, conduziu-a seguro e lúcido, para as mais altas conquistas espirituais. Ela foi a sua primeira colaboradora nas muitas atividades paroquiais. Dedicava-se ao ensino do catecismo às crianças, visitava e assistia os doentes e os pobres. Inscrita na Pia União das Filhas de Maria, foi sempre fiel na observância do Regulamento, tornando-se espelho e modelo para suas companheiras.
Assim, aos vinte e quatro anos no dia da Virgem Imaculada da Conceição, aos 8 de Dezembro de 1886, na presença do pároco, emitiu os voto de perpétua virgindade, dedicando-se completamente à Deus e empenhando-se no auxílio ao pároco em todas as suas iniciativas pastorais.
Quando o Padre Nascimbeni, depois de se aconselhar com o Bispo, decidiu fundar uma nova família religiosa, encontrou em Maria Domênica a sua principal colaboradora e que se tornou sua co-fundadora; junto com outras três jovens. As quatro fizeram um breve noviciado junto às Terciárias Franciscanas de Verona e em 1892, emitiram a profissão, iniciando em Castelletto o novo Instituto chamado "Irmãzinhas da Sagrada Família", cujo nome se tornou o indicativo da orientação apostólica e espiritual da nova congregação.
Maria Domênica Mantovani mudou seu nome para Maria Josefina da Imaculada e foi escolhida como primeira Superiora da casa, cargo que exerceu até a morte. Ela contribuiu muito na elaboração das Constituições e na formação das Irmãs, colaboração esta que foi determinante para o desenvolvimento e expansão do Instituto. Sua obra completou a do Fundador de tal forma que ambas se confundiam. A ação dele era intensa, forte, enérgica; a dela era delicada, escondida, embora também firme. Ambas se apoiavam em eloqüentes exemplos e pacientes esperas.
Depois da morte do Fundador, em 1922, Maria Domênica continuou a guiar o Instituto com ânimo, prudência, grande entrega a Deus e profundo senso de responsabilidade. E teve a graça de ver a aprovação canônica definitiva das Constituições e do Instituto antes de morrer. Soube, assim, que a obra teria continuidade com as mil e duzentas Irmãs espalhadas por cento e cinqüenta casas filiais na Itália, Suíça, Albânia, Angola, Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil, dedicadas às mais variadas atividades apostólicas e caritativas.
Aos setenta e dois anos de idade Madre Maria Josefina da Imaculada faleceu depois de breve enfermidade, no dia 2 de Fevereiro de 1934. Foi sepultada no cemitério de Castelletto de Brenzone; em 1987, seu corpo incorrupto foi transladado para o mausoléu, já ocupado pelo Fundador, no interior da Casa-Mãe do Instituto, naquela cidade. O Papa João Paulo II beatificou Maria Domênica Mantovani em 2003, destinando sua festa para o dia de seu falecimento.

Revisão e Adaptação:
Gisèle do Prado

 Ver também:
Fonte:
http://alexandrinabalasar.free.fr/maria_domenica_mantovani.html

Nenhum comentário: