terça-feira, 6 de abril de 2010

Beato Hermann-Joseph, Religioso *Premonstratense (+ 1230), 07 avril

* Cônegos Brancos, Cônegos de São Norberto ou Norbertinos:

O beato Hermann de Steinfeld, conhecido como Hermann-Joseph devido à sua pureza, nasceu na cidade de Colônia, na Alemanha. Sua infância foi marcante, graças à sua piedade realmente angelical; todos os dias, ele passava longos momentos nas igrejas, diante da imagem da Santíssima Virgem Maria. Com uma ingenuidade cativante, ele confiava a Maria e a Jesus, seu Divino Filho, todos os seus segredinhos, tristezas e desejos. Freqüentemente, ele dizia ao terminar a visita: “Meu querido Jesusinho, eu ficaria mais com Você e Sua Santa Mãe; mas é preciso que eu vá à escola; abençoe-me e pense em mim, esperando minha volta!” Conta-se que, um dia, ele ofereceu uma mação à Santa Virgem, e a estátua estendeu sua mão para recebê-la. Bem pequeno, ele recebia a graça das visões e revelações celestiais, e uma vez ele passou horas a fio numa piedosa conversa com Jesus e Maria.
Desde os doze anos, Hermann se apresentou aos Premonstratenses, que o aceitaram na Ordem. Após terminar seus estudos, ele desempenhou sucessivamente, com regularidade e caridade, as funções de cozinheiro e sacristão.
Graças extraordinárias eram, para Hermann-Joseph, quotidianas: quase sempre ele exalava perfumes celestes; Maria aparecia para ele, colocando o Menino Jesus em seus braços; uma outra vez, Ela lhe disse que estava muito feliz pois haviam dado a ele o nome de Joseph (José), que ele não queria aceitar por humildade. Esta humildade era tão perfeita, que Hermann-Joseph se achava digno de um castigo eterno, se achava um “zero à esquerda”, uma “maçã podre”, um peso inútil sobre a Terra. Só se contentava em usar hábitos usados e sapatos remendados.
Deus lhe enviou cruzes tão terríveis e sofrimentos tão intensos, que Hermann-Joseph tornou-se a imagem viva de Jesus crucificado. Nunca uma queixa saíra de sua boca; ele sofreu tudo com um sorriso no rosto. Ele adicionava a essas cruzes sacrifícios voluntários e terríveis mortificações. Seu hagiógrafo, querendo dar uma idéia da sua caridade, diz que “seu coração era como um hospital geral, onde todos os aflitos e miseráveis encontravam lugar”.

Abade L. Jaud, Vida dos Santos para todos os dias do ano (Vie des Saints pour tous les jours de l'année), Tours, Mame, 1950.

Tradução e Adaptação:
Gisèle Pimentel

Fontes:

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