quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

São Luciano de Antioquia, Sacerdote, Mártir (+312), 07 de Janeiro

São Luciano era natural de Samosate, cidade da Síria. Recebeu de seus piedosos pais uma excelente educação, mas, aos 12 anos de idade, teve a infelicidade de perdê-los. 
Não tendo mais nenhum laço com este mundo, Luciano vendeu todos os seus bens, fez-se monge e aspirava a uma glória somente: a de consagrar seus grandes talentos e toda a sua vida ao conhecimento das Sagradas Escrituras e à defesa da fé cristã. Logo formou-se uma escola em torno dele, em Antioquia, e um grande número de jovens vieram buscar, junto a ele, as lições da ciência e da virtude. 
Seu zêlo alarmou os inimigos da religião de Jesus Cristo. Luciano foi preso por ordem do Imperador Maximiano e passou nove anos na prisão. Lá, ele encontrou o meio para se comunicar, através de cartas, com os habitantes de Antioquia, para consolá-los e fortalecê-los. Compôs uma sábia apologia à religião, a qual ele ousou apresentar aos juízes. O próprio Imperador tentou, pessoalmente, vencer as resistências de Luciano.
Após tentar em vão empregar suas promessas mais sedutoras, ele o jogou aos animais ferozes; fez Luciano sofrer os diversos suplícios da roda, do cavalete, do fogo, e outros mais. Cada tormento conduzia a uma vitória milagrosa. O herói cristão foi reconduzido à prisão, onde passou quatorze dias em privações e sofrimentos. A Epifania se aproximava, e Deus concedeu ao Seu mártir a força e os meios necessários para celebrá-la; ali não havia altar, e a prisão infecta não era apropriada ao sacrifício: "Meu peito", disse o santo a seus discípulos inquietos, "servirá de altar, e vós que me cercais, vós formareis o templo que nos esconderá dos olhares dos profanos."
Uma última vez, Luciano foi chamado diante do tirano, que o interrogou: "Qual é a tua pátria?" "Eu sou cristão!" "Qual é a tua profissão?" "Eu sou cristão!" Há alguma coisa mais sublime que esta resposta? Ela foi logo seguida da recompensa, pois Luciano, jogado ao mar após ter sido amarrado a uma enorme pedra, consumou assim seu sacrifício.

Abade L. Jaud, Vida dos Santos para todos os dias do ano (Vie des Saints pour tous les jours de l'année), Tours, Mame, 1950.


Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=FR&module=saintfeast&localdate=20100107&id=1035&fd=0
http://www.evangelhoquotidiano.org/zoom_img.php?frame=52068&language=FR&img=&sz=full

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