sábado, 28 de fevereiro de 2009

Santo Albino, Bispo e Confessor, 1º de Março - Aniversário da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro



Santo Albino nasceu em 469, em Vannes, na Bretanha. Tornou-se monge, sendo mais tarde escolhido para abade do mosteiro de Tintillant.


Por 35 anos dirigiu a abadia, quando foi nomeado bispo de Angers. Foi sagrado por Melânio, bispo de Rennes. Fez-se o pai e irmão dos pobres, dos humildes, dos injustiçados. Trabalhou incansavelmente pela moralização dos costumes, opondo-se às ligações incestuosas dos ricos senhores que tomavam como esposas as próprias irmãs ou filhas.


A piedade popular atribui-lhe fatos miraculosos, como o desmoronamento das portas da prisão, a libertação dos encarcerados e a morte de um soldado com um único sopro de sua boca. Foi, sem dúvida, um dos santos mais populares da Idade Média.


(Cf. ALVES, José Benedito. Os Santos de cada dia, São Paulo, Paulinas, 1998)



Fontes:

http://www.puc-rio.br/campus/servicos/pastoral/santo_marco.html

http://picasaweb.google.com/valdasoares/DATASCOMEMORATIVASMARO#5171844096768517954

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Beato Daniel Brottier, 28 de Fevereiro




Nascido na França, no dia 7 de setembro de 1876, o histórico de vida deste santo é um impressionante testemunho de fé cristã. Depois de ter sido missionário na África, quando a Primeira Guerra Mundial começou, São Daniel Brottier se alistou, voluntariamente, para ser capelão militar nas linhas de frente. Permaneceu na guerra por quatro anos, cuidando dos feridos e dando assistência espiritual a seus compatriotas. 


Em 1923, assumiu a direção da Casa dos Órfãos Aprendizes de Auteuil, que chegou a cuidar de mais de mil e quatrocentos jovens abandonados. 

Fundou também a União Nacional dos Antigos Combatentes, que chegou a receber mais de dois milhões de associados.

Muito devoto e bondoso e, acima de tudo, humilde, a sua capacidade inventiva e de organização fizeram dele um verdadeiro apóstolo. 

Morreu no dia 28 de fevereiro de 1936 e foi beatificado pelo papa João Paulo II, em 1984, em Roma.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

São Gabriel das Dores, 27 de Fevereiro



São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, cujo nome de batismo era Francisco, nasceu na cidade de Assis, em 1838. Órfão de mãe aos quatro anos, foi para Espoleto. 
Estudou com os Irmãos das Escolas Cristãs e com os jesuítas. Muito jovem foi eleito presidente da Academia de Literatura. Em 1856 ingressou na congregação da paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, fundada por São Paulo da Cruz, ou seja, os passionistas. 
Sua espiritualidade foi marcada fortemente pelo amor a Jesus Crucificado e a Nossa Senhora das Dores. Alegre, bem-humorado, a todos cativava com a sua simpatia e simplicidade de alma. 
Morreu aos 24 anos, mal havia chegado à Ilha del Gran Sasso. Era o dia 27 de fevereiro de 1862. Foi beatificado por Pio X em 1908 e canonizado por Bento XV, em 1920.

Fontes:
http://www.puc-rio.br/campus/servicos/pastoral/santo_fevereiro.html
http://www.stgemma.com/images/gabriel.jpg

São Porfírio de Gaza, 26 de Fevereiro

Nascido por volta do ano de 353, na Tessalônica, Grécia, aos vinte e cinco anos São Porfírio foi para o Egito. Em seguida, foi à Palestina onde viveu por cinco anos em uma gruta perto do rio Jordão, o que lhe gerou uma grave enfermidade. Foi lá também que conheceu Marcos, que se tornou seu fiel discípulo.

O santo distribuiu tudo o que possuía aos pobres e. para manter-se, trabalhava arduamente em um curtume na Cidade Santa. Neste trabalho permaneceu por mais de quarenta anos, foi ordenado sacerdote e mais tarde bispo de Gaza pelo patriarca de Jerusalém.

São Porfírio exerceu grande influência na política e na religião de seu tempo. Chegou a conseguir da Imperatriz Eudóxia um memorial que abolia os templos pagãos de Gaza e da redondeza. Morreu por volta do ano 420.



Fontes:


http://www.puc-rio.br/campus/servicos/pastoral/santo_fevereiro.html



http://accel21.mettre-put-idata.over-blog.com/0/50/45/10/saint_porphyre.jpg

São Sebastião de Aparício, Monge, 25 de Fevereiro

Nascido na Espanha, em 1502, era filho de pobres lavradores e teve uma infância muito difícil. Em Salamanca, onde tentou a vida, enviava constantemente dinheiro aos seus pais, os quais nunca esquecera.

Foi no México que sua vida mudou radicalmente. Tornou-se um rico comerciante e proprietário de terras. Sempre preocupado com sua vida espiritual, São Sebastião decidiu dedicar-se apenas à agricultura para não se corromper com as oportunidades do dinheiro fácil. Casou-se duas vezes e sempre dava exemplos de vida espiritual e ajuda aos pobres.


Por fim, aos 70 anos, renunciou a tudo e decidiu ingressar na ordem dos franciscanos tornando-se irmão leigo.


 Morreu com 98 anos, em 1600, e foi canonizado em 1786 pelo papa Pio VI.



Fontes:


http://www.puc-rio.br/campus/servicos/pastoral/santo_fevereiro.html


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São Sérgio e São Bacchus, Mártires, 24 de Fevereiro

No Século IV, Diocleciano, o último Imperador pagão, reinava com Maximiano Herculius, co-Imperador, sobre o império que se estendia sobretudo a periferia mediterrânea.

Diocleciano, que no início de seu reinado havia sido tolerante com os cristãos, dentre os quais muitos ocupavam altos postos militares ou administrativos, começou a "esvaziar" o exército dos seus elementos que haviam abraçado a religião do Cristo.

No outono do ano 303, seu co-Imperador Maximiano Herculius, numa viagem a Samosata (atual Samsat, Turquia), decidiu desmascarar os cristãos que porventura estivessem na hierarquia das legiões.

Saint Serge et Saint Bacchus

Para isso, ele convidou todos os oficiais para celebrações em honra de Júpiter. Todos compareceram, menos dois: Sérgio e Bacchus. Ambos eram cristãos, e se recusaram a participar de cerimônias que parodiassem a Santa Ceia do Cristo. 

Logo eles foram condenados à morte e entregues para serem executados a Antiochus, o Prefeito mais cruel do Império do Oriente, que escolheu pessoalmente os suplícios de ambos.

Sérgio foi calçado com sandálias cujas palmilhas continham espinhos afiados (que lhe perfuraram os pés) e teve que correr na frente da biga de Antiochus até o esgotamento total, antes de ser decapitado.

Vitrail Saint Bacchus à l'abbatiale Saint-Serge à Angers

Quanto a Bacchus, por causa do seu nome, o mesmo do deus pagão das vinhas e do vinho, ele foi derrubado por terra, flagelado e esmagado sob os pés dos soldados enfurecidos, como se faz com as uvas. Reza a lenda que "dois anjos o levaram aos Céus, enquanto seu sangue jorrava por toda parte, como puro suco de uvas".






Document de Michel Le Crétois (1813) - Couvent Saint-Serge à Maaloula - Syrie


Se o nome de São Sérgio permaneceu bem vivo, o de São Bacchus caiu no esquecimento, aparentemente em razão de seu homônimo pagão. Todavia, inúmeros traços de sua lembraça resistiram ao tempo, no Oriente, como por exemplo: no Cairo, a igreja de São Bacchus; em Maaloulo, no Líbano, a igreja de São Sérgio e São Bacchus; em Istambul, na Turquia, a igreja de São Bacchus, que foi transformada em mesquita, e também no Ocidente, como testemunham os afrescos da capela de Berzé-la-Ville, Mâconnais (Borgonha, França). 


Document du XIIIème siècle - Couvent Saint-Serge à Maaloula - Syrie

Pode-se notar que São Bacchus é representado com montaria escura, ao contrário de São Sérgio, cuja montaria é clara.






Tradução e Adaptação:

Gisele Pimentel
gisele.pimentel@gmail.com


Fonte:


São Policarpo, Bispo de Esmirna, Mártir, 23 de Fevereiro


O Santo deste dia é um dos grandes Padres Apostólicos, ou seja, pertencia ao número daqueles que conviveram com os primeiros apóstolos e serviram de elo entre a Igreja primitiva e a Igreja do mundo greco-romano. São Policarpo foi sagrado bispo de Esmirna pelo próprio São João, o Evangelista. De caráter reto, de alto saber, amor a Igreja e fiel a ortodoxia da fé; Policarpo era respeitado por todos no Oriente.

Seu martírio se passou na época da perseguição de Marco Aurélio, que prendia os cristãos e os intitulava inimigos do Império. Preso enquanto orava, o santo gentilmente atendeu os soldados dando-lhes o que comer e beber.

Levado ao tribunal, foi obrigado a renegar Cristo, e diante do cônsul Estácio Quadrato, declarou: “Faz 86 anos que sirvo a Deus e nunca Ele me fez mal algum. Como poderia blasfemar o meu Redentor?” São Policarpo foi queimado vivo em 155.



Fontes:


quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Festa da Cátedra de São Pedro, 22 de Fevereiro



A cátedra é o assento reservado ao bispo quando ele preside uma assembléia. Pouco importa sabermos se houve, alguma vez, em Roma, uma cátedra vista como a verdadeira cátedra de São Pedro, mas é preciso ressaltar que deu-se tamanha importância ao magistério supremo de Pedro que, desde o Século IV, celebra-se uma festa em particular, a Natale Petri de Cathedra, fixada no dia 22 de Fevereiro.

 

Os antigos Romanos, como testemunham os vestígios do Cœmeterium Maius, escavavam bancos nas rochas vulcânicas que, nos banquetes funerários (refrigeria), simbolizavam a presença do defunto e sobre os quais eles depositavam a comida. Até o Século V, os cristãos, com uma intenção diferente, seguiam estes costumes e distribuíam a comida arrecadada aos pobres. Esta celebração pelos defuntos acontecia em 22 de Fevereiro; os antigos galicanos, que recusavam toda festividade durante a Quaresma que, às vezes, já havia começado em 22 de Fevereiro, a transferiram para 18 de Janeiro, o que explica as duas festas da Cátedra de São Pedro, que um pobre escriba da diocese de Auxerre transformou, erroneamente, em festa da Cátedra de São Pedro em Antioquia. 


Estas antigas festas da Cátedra de São Pedro foram resgatadas pelo Papa Paulo IV, em 1547, que decretou, através da bula Ineffabilis, que doravante se celebraria a Cátedra de São Pedro em Roma no dia 18 de Fevereiro e a de Antioquia em 22 do mesmo mês. A reforma do calendário pelo Papa Paulo VI manteve apenas uma festa da Cátedra de São Pedro, que abrange todas duas.



Tradução e Adaptação:


Gisele Pimentel

gisele.pimentel@gmail.com


Fontes:


São Pedro Damião, Prebítero Camaldulense, Doutor da Igreja, 21 de Fevereiro

Pedro nasceu em Ravena, em 1007. Teve uma infância muito sofrida, ficou órfão muito cedo e foi criado de forma improvisada por seus irmãos, que eram muitos. Mesmo assim, o irmão mais velho, Damião, acabou por se responsabilizar sozinho por seus estudos, realizados em Ravena, Faenza e Pádua. Depois de ter ensinado em Parma, ingressou no Mosteiro Camaldulense de Fonte Avelana, na Úmbria, que se tornou o centro de suas atividades reformadoras. Pedro, em retribuição a seu irmão Damião, assumiu também o seu nome ao se ordenar sacerdote.

Pedro Damião, aos vinte e um anos, então na Ordem Camaldulense, por seus méritos logo se tornou o Superior Diretor. As regras da Ordem já eram duras, mas ele as tornou mais rígidas ainda. Passou a criticar severamente conventos onde não havia pobreza, e sua influência se estendeu por mosteiros da Itália e da França, entre eles Montecassino e Cluny, que passaram a seguir seus conceitos. Com seu reformismo, trabalhou incansavelmente para devolver à vida religiosa seu sentido de consagração total a Deus, na austeridade da solidão e da penitência.

Pedro Damião era um sacerdote contemplativo, de vida simples, adepto à vida monástica e, desse modo singular, atacava o luxo dos cardeais. Citava os apóstolos Pedro e Paulo como exemplos, pois percorreram o mundo para evangelizar, sendo magros e andando descalços, ou seja: para levar a Palavra de Deus, era necessário, sobretudo, despojar-se dos apegos materiais. Foi desse modo que solidificou a austeridade religiosa, vivendo toda sua existência terrena.

Seu trabalho não parou aí. Havia, na época, a venda de títulos, funções e cargos da Igreja, como se fazia com os títulos feudais. A essa troca de favores deu-se o nome de simonia clerical. O ato de comprar ou vender benesses espirituais era antigo, e esse nome deriva de Simão, o Mago, que procurou comprar dos Apóstolos graças espirituais. Dessa forma, cargos da Igreja acabavam ocupados por pessoas despreparadas e indignas que se rebelavam contra a disciplina exigida, principalmente com relação ao celibato.

A Igreja, assim dilacerada, vitimada pelas discórdias e cismas, tinha necessidade de homens cultos e austeros como o padre Pedro Damião. Por isso, ele foi chamado à Santa Sé para auxiliar nesses combates. Esteve ao lado de seis Papas, como viajante da paz, colaborando em particular com o cardeal Hildebrando, o grande reformador que se tornou o Papa Gregório VII.

Pedro Damião, após várias peregrinações à cidade de Milão, à França e à Alemanha, tornou-se cardeal e foi designado para a diocese de Óstia. Seus escritos, após a sua morte, prosseguiram doutrinando religiosos importantes. Aos poucos, a situação da Igreja foi se normalizando. Já velho, foi enviado à Ravena para recompor a questão do antipapa. Morreu em 1072, na cidade italiana de Faenza, quando voltava de uma missão de paz.

A fama de sua santidade em vida cristalizou-se junto aos fiéis, que então passaram a venerá-lo como santo. Em 1828 o Papa Leão XII canonizou Santo Pedro Damião e o proclamou também Doutor da Igreja, por seus numerosos escritos teológicos e pela incansável e eficiente atuação para a unidade da Santa Mãe, a Igreja Católica Apostólica Romana.



Fonte:


http://alexandrinabalasar.free.fr/pedro_damiao.htm

 

 

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Santo Eleutério, Papa, 20 de Fevereiro



Papa Santo Eleutério


O nome “Eleutério” (do grego “Ελεύθερος / Ελευθέριος”) significa “libertador”. Ao viver inteiramente para Cristo, Eleutério conseguiu ser instrumento de libertação dos erros e pecados para muitos. Ele nasceu em Nicópolis (do grego “Νικόπολις, “Cidade da Vitória”), Épiro - Grécia.

 

São Eleutério foi o décimo terceiro Papa da Igreja Cristã, entre 175 e 189. Ele sucedeu São Sotero como representante de Cristo na Terra e, ao fim de sua jornada terrena, foi sucedido pelo Papa Vítor I.

 

O seu pontificado foi inicialmente pacífico, pois o imperador Cômodo, embora odiado pela aristocracia romana, não perseguiu os cristãos. Segundo a tradição, Eleutério recebeu cartas de Lúcio, rei de uma parte da Bretanha, pedindo o envio de missionários para instruí-lo na fé cristã.

 

Eleutério atendeu ao pedido iniciando, assim, a obra de evangelização, enviando os padres São Damião e São Fugácio para batizarem o rei Lúcio, sua rainha e grande parte da população da Bretanha. Esta história merece o ceticismo dos historiadores, pois não é respaldada por relatos concretos.

 

Eleutério resolveu a questão de origem judaica sobre a distinção entre alimentos puros e impuros, libertando os cristãos das restrições alimentares. O seu pontificado foi marcado pela luta contra a *doutrina montanista, considerada excessiva, e pelo estabelecimento do costume de considerar o Papa como Sucessor de Pedro. Eleutério estabeleceu, ainda, as primeiras normas para a celebração da Páscoa.  



*doutrina montanista: Montanismo é um movimento cristão do segundo século fundado por Montano. Os montanistas declaravam-se possuídos pelo Espírito Santo e, por isso, profetizavam. Segundo estas profecias, uma outra era cristã se iniciava com a chegada da nova revelação concedida a eles.

 

Esse movimento surgiu na Frígia (Ásia Menor Romana, hoje Turquia), pelos anos 170 d.C. Havia duas mulheres, Priscila e Maximila, que eram as porta-vozes proféticas de Montano que dizia que o Espírito Santo falava através delas.

 

Fez muitas predições proféticas enganosas, pois jamais foram cumpridas, como a de que a aldeia de Pepuza, na Frígia, seria a Nova Jerusalém. Proibia certos alimentos, exigia jejuns prolongados e não permitia o casamento de viúvas, como também negava o perdão de pecados graves ao novo convertido, mesmo após o batismo (com confissão e arrependimento).

 

Montano queria fundar uma nova ordem e reivindicar seu movimento como sendo um movimento especial na história da salvação. O principal motivo de Montano era lutar contra a paralisia e o intelectualismo estéril da maioria das igrejas organizadas na época. Infelizmente, ele também caiu em extremos enganosos.

 

Esse movimento foi condenado várias vezes por vários sínodos de bispos, tanto na Ásia Menor como em outros lugares.

 

A Igreja montanista se espalhou pela Ásia Menor, chegou a Roma e ao norte da África. Seu adepto mais famoso foi, sem dúvida, Tertuliano - o maior teólogo de então.



Fontes:


http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Eleutério


http://pt.wikipedia.org/wiki/Montanismo


http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0d/Eleutherius.jpg

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

São Gabino da Dalmácia, Presbítero e Mártir, 19 de Fevereiro



"São Gabino, Sacerdote e Mártir", gravura
Jacques Callot, por volta de 1630
Mackelvie Trust Collection, Auckland Art Gallery


Gabino nasceu na Dalmácia, atual Bósnia, numa família da nobreza romana cristã, radicada naquele território. Na idade adulta, ele foi viver em Roma com a intenção de se aproximar da Igreja, mesmo sabendo dos sérios riscos que correria. Nesta cidade, ele se tornou senador e se casou. 

 Com a morte da esposa, Gabino decidiu ser padre. Transformou sua casa numa igreja, consagrou a jovem filha, Suzana, a Cristo, e educou-a com a ajuda do irmão Caio, que já era sacerdote. Juntos, eles exerciam o apostolado em paz, convertendo pagãos, ministrando a comunhão e celebrando a santa Missa, enfim, fortificando a Igreja neste período de trégua das perseguições.

Segundo os registros encontrados, a família de Gabino tinha parentesco com o imperador Diocleciano. Assim, quando o soberano desejou ter a filha de Gabino, Suzana, como nora, não conseguiu. Enviou até mesmo um emissário para convencer a jovem, mas esta não cedeu, decidida a  manter-se fiel a Cristo, sendo apoiada pelo pai e o tio, Caio, que fora eleito Papa em 283. 

O imperador ficou mais irritado do que já estava, devido às tensões que circundavam o Império Romano, em franca decadência. Decretou a perseguição mais severa registrada na História do Cristianismo, sendo apontado como causador de todos os males. O parentesco com o soberano de nada serviu a Gabino, pois o final foi trágico para ele e todos os seus.

Verificamos pelos registros encontrados que, no início desta perseguição, o padre Gabino não mediu esforços para consolar e amparar os cristãos escondidos. Enfrentou com serenidade o perigo, andando quilômetros e quilômetros a pé, indo de casa em casa, de templo em templo, animando e preparando os fiéis cristãos para o terrível sacrifício que os aguardava. Montanhas, vales, rios, florestas, nada o impedia nesta caminhada para animar os aflitos. Foram várias as Missas rezadas por ele em catacumbas ou cavernas secretas, onde ministrava a comunhão aos que seriam martirizados. Finalmente foi preso, junto com a filha, que também foi sacrificada.

Gabino foi torturado, julgado e, como não renegou a fé em Cristo, foi condenado à morte por decapitação. Antes da execução, mantiveram-no preso numa minúscula cela sem luz, onde passou fome, sede e frio durante seis meses. Foi degolado em 19 de fevereiro de 296, em Roma.



São Gabino não foi um simples padre, mas sim um marco da fé e um símbolo do cristianismo. No Século V, sua antiga casa, que havia sido uma igreja secreta, tornou-se uma grande basílica. Em 738, seu culto foi confirmado durante a cerimônia de traslado das suas relíquias para a cripta que fica no altar principal desta basílica, onde repousam ao lado das de sua santa filha, Suzana.



No Século XV, a basílica foi inteiramente reformada pelo grande artista e arquiteto Bernini, sendo considerada atualmente uma das mais belas existentes na cidade do Vaticano. A sua festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.

 

 

Fontes:


http://alexandrinabalasar.free.fr/gabino_da_dalmacia.htm

 

http://collection.aucklandartgallery.govt.nz/collection/results.do;jsessionid=EB81E2EA6EA7719E977BC9A5C01EAD36?view=detail&db=object&id=10042

 

http://www.flickr.com/photos/seminario/1455530275/in/set-72157602192958972/

 

http://static.panoramio.com/photos/original/7842908.jpg